sexta-feira, 23 de março de 2012

Tecnologia controla futuro da mídia

Tecnologia controla o futuro da mídia e poderá comprá-la.
Papel de cão de guarda está ameaçado
 
O instituto Pew soltou seu relatório anual sobre “o estado da mídia” nos Estados Unidos, destacando que em 2011 “a revolução digital entrou em uma nova era”, com maior penetração de smartphones e tablets e a confirmação de que, até certo ponto, “os intermediários de tecnologia controlam o futuro do jornalismo”.

O estudo pergunta se os gigantes de tecnologia passarão a considerar de seu interesse comprar marcas reconhecidas, citando as estreias em parcerias de conteúdo do Google/YouTube, com Reuters e outros; do Yahoo, com a rede ABC; do Facebook, com “Washington Post” e outros; e da AOL, que adquiriu o Huffington Post. O Pew alerta que “as implicações públicas do declínio dos jornais estão ficando mais claras”, com novas evidências de que são a fonte à qual as pessoas se voltam por informações sobre governo e questões públicas:
Se essas operações continuarem a se contrair ou desaparecer, não está claro 
onde e se essas informações serão reportadas.
 
O site Media Decoder, do “New York Times“, destacou o lado “bom” do estudo, com a constatação da crescente demanda dos americanos por notícias, e o “ruim”, com a queda na receita “para pagar pela produção de notícias”.
Já o All Things D, do “Wall Street Journal“, destaca o trecho do estudo que mostra que ainda é pequena a influência de Twitter e Facebook no acesso dos americanos às notícias: apenas 9% se informam via redes sociais, contra 32% via ferramentas de buscas, sobretudo Google. Em primeiro lugar, 36% se informam pelos sites tradicionais de jornalismo.
 
Fonte:
Nelson de Sá (Folha.Com)

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